Número total de visualizações de páginas

quarta-feira, 21 de março de 2012

Visita de estudo, Serra da Peneda











Evolução do Homem

Dos Primatas ao Homo sapiens Os Primatas, que constituem uma Ordem dos Mamíferos, surgiram no Paleocénico (há 55 MA), e são caracterizados por:
 • Membros longos, com pés e mãos com 5 dedos munidos de unhas.
 • Polegares oponíveis aos outros dedos, servindo para trepar
 • Órbitas dirigidas para a frente e rodeadas de uma saliência óssea.
 • Dentes molares tuberculados, com uma dentição na infância substituída por outra no adulto.
 • Desenvolvimento funcional do sistema nervoso e possuidores de inteligência.
 • Alimentação geralmente de frutos e sementes, mas também carnívora.
 Os Primatas actuais incluem, entre outros, Lémures, Macacos, Gorilas, Chimpanzés e o Homem moderno (Homo sapiens). O estudo da evolução dos antepassados do Homem, que se iniciou no sec. XIX, apresenta grandes dificuldades devido, em especial, ao reduzido número de restos fossilizados que têm sido encontrados. No entanto, novos achados, e a aplicação de técnicas sofisticadas, como a datação por isótopos radioactivos e a obtenção do ADN dos ossos, permitiram nestas últimas décadas avanços notáveis na compreensão da evolução humana. Ao que tudo indica até agora, a África foi o berço da Humanidade. A evolução dos Hominídeos foi, certamente, muito influenciada pelo clima o qual, desde há 2 milhões de anos, tem sofrido fortes oscilações de temperatura e humidade devido aos efeitos da última glaciação. Neste expositor estão reunidas réplicas dos crânios de algumas das formas que hoje se julgam fazer parte da linhagem humana. A “árvore” evolutiva que aqui é apresentada simplificadamente foi adaptada do catálogo da exposição “ A evolução de Darwin”, da Fundação C. Gulbenkian.
 Com a frequência com que têm surgido novas descobertas por todo o mundo, é provável que dentro de pouco tempo aquela “árvore” tenha de ser adaptada aos novos dados, como é próprio do conhecimento científico

 



Glaciares

Glaciares são enormes massas de gelo (podem atingir várias centenas de quilómetros de extensão) que, por acção da gravidade, sofrem lentos deslizamentos ao longo de superfícies inclinadas. Este deslocamento acaba por moldar a superfície onde o glaciar se encontra. Quando os glaciares se localizam em vales podem conferir-lhes um perfil transversal em forma de U. Os materiais transportados pelo glaciar acumulam-se em depósitos designados por moreias.
Os glaciares são, obviamente, típicos de climas frios. Em Portugal Continental não existem actualmente glaciares, mas encontram-se vestígios da sua presença na Serra da Estrela e nas Serras da Peneda e do Gerês. Esta ocorrência denuncia a existência de fases de clima mais frio que o actual durante as últimas dezenas de milhar de anos.




 










Cortes geológicos

São a representação gráfica dos acidentes geológicos superficiais sobre a linha do perfil topográfico. Pode existir ou não concordância entre a escala da carta do perfil e a da maior parte dos acidentes geológicos. Estes organizam-se segundo traços ou planos que não são, geralmente, paralelos ou perpendiculares à linha de perfil.




Aqui está um exemplo da elaboração de uma carta geológica:
 

Perfis Topográficoos

As curvas de nível permitem-nos construir perfis topográficos, os quais nos dão uma imagem do relevo a duas dimensões (altitude – y; distância- -x). O perfil topográfico é uma representação gráfica de um corte vertical do terreno segundo uma direcção previamente escolhida. Essa direcção deve ter em conta que a linha que traçamos no mapa deve ser o mais perpendicular possível às curvas de nível
A construção de um perfil topográfico compreende as seguintes etapas:
• Sobre o mapa topográfico traça uma recta, que corresponde à secção transversal do perfil que pretendemos construir;
• Orienta sobre o mapa uma folha de papel milimétrico ou quadriculado de maneira que o eixo horizontal sobre o qual se vai construir o perfil seja paralelo à linha recta que traçaste no mapa;
• Projecta-se sobre o eixo horizontal a intersecção de cada curva de nível com a linha recta, tendo em conta a cota de altitude correspondente;
• Traça um eixo vertical, que representa a altitude ou cotas;
• Recorrendo ao eixo vertical localiza e marca o valor de cada curva de nível projectada;
• Depois de marcados todos os pontos correspondentes às curvas de nível projectadas, unem-se dando origem a um perfil topográfico 

[perfil_topografico.jpg] 

Cartografia


A cartografia é a ciência da representação gráfica da superfície terrestre, tendo como produto final o mapa. Ou seja, é a ciência que trata da concepção, produção, difusão, utilização e estudo dos mapas. Na cartografia, as representações de área podem ser acompanhadas de diversas informações, como símbolos, cores, entre outros elementos. A cartografia é essencial para o ensino da Geografia e tornou-se muito importante na educação contemporânea, tanto para as pessoas atenderem às necessidades do seu cotidiano quanto para estudarem o ambiente em que vivem.

                                               

Como surgiu...

Os primeiros mapas foram traçados no século VI a.C. pelos gregos que, em função de suas expedições militares e de navegação, criaram o principal centro de conhecimento geográfico do mundo ocidental. O mais antigo mapa já encontrado foi confeccionado na Suméria, em uma pequena tábua de argila, representando um Estado. A confecção de um mapa normalmente começa a partir da redução da superfície da Terra em seu tamanho. Em mapas que figuram a Terra por inteiro em pequena escala, o globo se apresenta como a única maneira de representação exata. A transformação de uma superfície esférica em uma superfície plana recebe a denominação de projeção cartográfica.

Na pré-história, a Cartografia era usada para delimitar territórios de caça e pesca. Na Babilônia, os mapas do mundo eram impressos em madeira, mas foram Eratosthenes de Cirene e Hiparco (século III a.C.) que construíram as bases da cartografia moderna, usando um globo como forma e um sistema de longitudes e latitudes. Ptolomeu desenhava os mapas em papel com o mundo dentro de um círculo. Com a era dos descobrimentos, os dados coletados durante as viagens tornaram os mapas mais exatos. Após a descoberta do novo mundo, a cartografia começou a trabalhar com projeções de superfícies curvas em impressões planas.