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quinta-feira, 7 de junho de 2012


Exploração e contaminação das águas

Ciclo hidrologico

Disponibilidade
Os recursos hídricos são as águas superficiais ou subterrâneas disponíveis para qualquer tipo de uso de região ou bacia. A distribuição dos recursos hídricos depende das condições climáticas e das características geológicas de uma área. As terras subterrâneas são o principal reservatório de água doce disponível para os seres humanos (aproximadamente 60% da população mundial tem como principal fonte de água os lençóis freáticos ou subterrâneos). Seria de esperar que a água, sendo um recurso renovável estaria sempre à mercê do Homem. No entanto, uma vez que o consumo é excessivo, tem excedido a renovação da mesma, tal problema é denominado por stress hídrico, ou seja, falta de água doce. Tal se dá principalmente junto aos grandes centros urbanos a diminuição da qualidade da água é outro problema emergente, isto sobretudo devido à poluição hídrica por esgotos domésticos e industriais.
Exploração
Desde sempre, o Homem, tem vindo a precisar de retirar da Natureza, recursos indispensáveis à sua sobrevivência, tal é o caso da água, que nos últimos anos tem sofrido de uma exploração excessiva. O avanço da ciência e da tecnologia, permitiu ao Homem ter uma qualidade de vida melhor e desta forma maior facilidade a meios de lazer onde muita água é gasta, tal é o caso das piscinas, spa’s... desta forma temos vindo a assistir a profundas alterações do equilíbrio natural dos ecossistemas.
Impactos
Cerca de 77% da água doce existente na Terra encontra-se no estado sólido, ocupando cerca de 10% da superfície terrestre. A água doce no estado líquido constitui apenas uma pequena fracção da totalidade de água disponível, o que torna a situação ainda mais complicada, pois parte desta, cada vez mais sofre da poluição causada pelo Homem e que a um ritmo de renovação de 280 anos por reservatório torna a contínua poluição, uma missão suícida. Tal acção do Homem pode muito bem comprometer a saúde de muitos outros seres vivos, pois todos eles dependem de água para a sua sobrevivência.

Aquíferos: sua influência no armazenamento e circulação das águas subterrâneas

Pode-se definir por poluição qualquer alteração indesejável nas características físicas, químicas ou biológicas, que afectam negativamente a sobrevivência, saúde ou actividades dos seres humanos.
As águas subterrâneas são um recurso geológico de extrema importância, constitui cerca de 0.6% no total de água existente na Terra. Tanto a qualidade como a quantidade deste recurso têm extrema importância na qualidade de vida dos habitantes.
Define-se por aquífero formações geológicas subterrâneas, constituídas por rochas porosas e premiáveis, que sejam capazes de armazenar água, permitindo a sua circulação. Cerca de 15% da água que precipita infiltra-se neste local. Pode-se dizer que um bom aquífero é aquele que é simultaneamente poroso, permeável, que permite armazenar a libertar H2O. Estes locais devem ser constituídos por areias, cascalhas, arenitos, conglomerados e calcários fracturados.
Define-se por porosidade a percentagem de volume total de rocha que é ocupado nos espaços vazios por água. Diz-se também que uma rocha é permeável de acordo com a capacidade de transmitir fluido através dos poros.

Tipos de aquíferos
Existem dois tipos de aquíferos, que tendo em conta as suas carcterísticas hidrodinâmicas podem ser classificados como:

Aquíferos cativos - nos quais a água está sob pressão (superior à atmosfera). As camadas rochosas que delimitam o aquífero são ambas impermeáveis, pelo que a recarga é feita lateralmente.

Aquíferos livres – nos quais a água está com pressão igual à atmosférica. A camada superior ao contrário da inferior é permeável, o que permite uma recarga vertical.
Constituição de um aquífero:
Zona de aeração - é a zona que compreende toda a área entre a superfície e o nível hidrostático, que é caracterizadas por fortes processos de infiltração e capilaridade (local onde ocorre intensa circulação vertical de água)
Zona de saturação – é a zona abixo do nível hidrostático e é caracterizada por ter todos os espaços preenchidos por água. O movimento da água nesta zona ocorre por percolação que se deve ao efeito de pressão hidrostática.

Relação entre aguas subterrâneas e superficiais
As águas superficiais têm um importante papel, principalmente em zonas áridas (onde o nível hidrostático está bastante abaixo da superfície). Neste caso as águas subterrâneas alimentam-se dos rios, através de correntes influentes (a zona de saturação é abastecida pela infiltração de águas superficiais, provocando um a subida do nível hidrostático).
Em zonas com maior teor de humidade, a relação entre as águas superficiais e as subterrâneas é diferente pois, durante os períodos mais secos são as águas subterrâneas que mantêm o fluxo das superficiais. Neste caso as águas superficiais são alimentadas por correntes denominadas efluentes.


DOMINGO, 29 DE MAIO DE 2011

Exploração das águas superficiais e subterrâneas

A exploração da água, quer subterrânea quer superficial, envolve captações, armazenamento e distribuições, para que o Homem possa satisfazer as suas necessidades de água doce.
A água é um bem essencial a vida, e como tal, tem muitas finalidades. Pode ser aproveitada para consumo doméstico, energético, como meio de lazer ou mesmo comunicação.
Para que se possa utilizar este bem, o homem ao longo do tempo foi descobrindo algumas técnicas para o aproveitamento da água; entre as quais:
· Captação de água em aquíferos;
· Construção de barragens, diques e aquedutos;
· Transvases de água entre bacias hidrográficas;
· Eliminação dos teores de sal de águas marinas ou salobras;

Há mais de 10 anos a percentagem de pessoas que consumiam a sua própria água em casa (subterrânea) ascendia os 70%, mas actualmente, em Portugal, a rede publica de abastecimento cobre quase a totalidade do nosso território. Mas ainda assim existem, cerca de 50% da população que prefere consumir a sua própria água.
A água é um excelente solvente e, devido a isso ao longo do seu percurso vai interagindo, dissolvendo e incorporando substâncias do solo, deste modo, a água subterrânea consegue apresentar um grau de mineralização superior a água da superfície.
As águas da nascente e as águas minerais naturais podem ser engarrafadas sem necessitarem de tratamentos, pois estas encontram-se registadas, sendo apenas periodicamente analisadas.
Portugal, é também muito rico em águas termais e estâncias termais.



Alteração de qualidade das águas

A água apresenta um evidente valor ecológico, tal como tem vindo a ser um factor determinante para o desenvolvimento de muitas actividades humanas. Para além desta aplicação ao nível da economia das sociedades humanas, ela é o suporte fundamental da biosfera.
A água é o meio em que todos os processos vitais ocorrem, por isso alterar a sua qualidade terá necessariamente impactes em todo o mundo vivo.
Entende-se por poluição da água uma alteração das suas características através de acções ou interferências, de origem natural ou antrópica, tornando-a imprópria para uso.
A degradação dos recursos hídricos pode ocorrer a partir de fontes tópicas (directa), como descargas de efluentes urbanos ou indústrias, ou então por fontes difusas (indirecta), como a entrada de contaminantes por via atmosférica ou decorrente do tráfego que utiliza os recursos hídricos como meio de comunicação.A poluição dos recursos hídricos tem três principais origens, origem urbana, origem agrícola e origem nas actividades industriais. Onde a poluição urbana e doméstica é uma das maiores fontes contribuintes para a degradação deste recurso, devido a fossas sépticas, lixeiras ou descargas resultantes de efluentes domésticos não tratados nas zonas de recarga de aquífero. A poluição agrícola também representa uma potencial de ameaça para a água, uma vez que o uso de fertilizantes, herbicidas e pesticidas levam a que o solo fique com quantidades excessivas do mesmo, ultrapassando a capacidade de absorção das plantas, acabando por serem mobilizados pelas águas de escorrência, contaminando as águas subterrâneas. E por ultimo a poluição das actividades industriais, estas apresentam elevava toxicidade, caso de certos metais pesados como o arsénio, o zinco, chumbo e o mercúrio. A contaminação das redes hidrográficas por estes contaminantes originam graves consequências ao nível dos ecossistemas e das populações humanas.
As águas subterrâneas, a semelhança dos outros recursos naturais, está na actualidade num estado grave de vulnerabilidade devido à má gestão feita pelo Homem. A exploração é feita a um ritmo acelerado, tanto nas águas subterrâneas como nos aquíferos, não permitindo a reposição da água por processos de recarga natural.
A água é um recurso natural muito valioso, apresentando-se como factor limitante do desenvolvimento de um país. Gerir este recurso de forma racional e sustentada exige medidas drásticas que passam pela educação da população, no sentido de cada um se comprometer a uso eficiente da água e na protecção dos aquíferos.

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