Exploração e contaminação das águas
Ciclo hidrologico
Disponibilidade
Os recursos hídricos são as águas superficiais ou subterrâneas disponíveis para qualquer tipo de uso de região ou bacia. A distribuição dos recursos hídricos depende das condições climáticas e das características geológicas de uma área. As terras subterrâneas são o principal reservatório de água doce disponível para os seres humanos (aproximadamente 60% da população mundial tem como principal fonte de água os lençóis freáticos ou subterrâneos). Seria de esperar que a água, sendo um recurso renovável estaria sempre à mercê do Homem. No entanto, uma vez que o consumo é excessivo, tem excedido a renovação da mesma, tal problema é denominado por stress hídrico, ou seja, falta de água doce. Tal se dá principalmente junto aos grandes centros urbanos a diminuição da qualidade da água é outro problema emergente, isto sobretudo devido à poluição hídrica por esgotos domésticos e industriais.
Exploração
Desde sempre, o Homem, tem vindo a precisar de retirar da Natureza, recursos indispensáveis à sua sobrevivência, tal é o caso da água, que nos últimos anos tem sofrido de uma exploração excessiva. O avanço da ciência e da tecnologia, permitiu ao Homem ter uma qualidade de vida melhor e desta forma maior facilidade a meios de lazer onde muita água é gasta, tal é o caso das piscinas, spa’s... desta forma temos vindo a assistir a profundas alterações do equilíbrio natural dos ecossistemas.
Impactos
Cerca de 77% da água doce existente na Terra encontra-se no estado sólido, ocupando cerca de 10% da superfície terrestre. A água doce no estado líquido constitui apenas uma pequena fracção da totalidade de água disponível, o que torna a situação ainda mais complicada, pois parte desta, cada vez mais sofre da poluição causada pelo Homem e que a um ritmo de renovação de 280 anos por reservatório torna a contínua poluição, uma missão suícida. Tal acção do Homem pode muito bem comprometer a saúde de muitos outros seres vivos, pois todos eles dependem de água para a sua sobrevivência.
Aquíferos: sua influência no armazenamento e circulação das águas subterrâneas
Pode-se definir por poluição qualquer alteração indesejável nas características físicas, químicas ou biológicas, que afectam negativamente a sobrevivência, saúde ou actividades dos seres humanos.
As águas subterrâneas são um recurso geológico de extrema importância, constitui cerca de 0.6% no total de água existente na Terra. Tanto a qualidade como a quantidade deste recurso têm extrema importância na qualidade de vida dos habitantes.
Define-se por aquífero formações geológicas subterrâneas, constituídas por rochas porosas e premiáveis, que sejam capazes de armazenar água, permitindo a sua circulação. Cerca de 15% da água que precipita infiltra-se neste local. Pode-se dizer que um bom aquífero é aquele que é simultaneamente poroso, permeável, que permite armazenar a libertar H2O. Estes locais devem ser constituídos por areias, cascalhas, arenitos, conglomerados e calcários fracturados.
Define-se por porosidade a percentagem de volume total de rocha que é ocupado nos espaços vazios por água. Diz-se também que uma rocha é permeável de acordo com a capacidade de transmitir fluido através dos poros.
Tipos de aquíferos
Existem dois tipos de aquíferos, que tendo em conta as suas carcterísticas hidrodinâmicas podem ser classificados como:
Aquíferos cativos - nos quais a água está sob pressão (superior à atmosfera). As camadas rochosas que delimitam o aquífero são ambas impermeáveis, pelo que a recarga é feita lateralmente.
Aquíferos livres – nos quais a água está com pressão igual à atmosférica. A camada superior ao contrário da inferior é permeável, o que permite uma recarga vertical.
Constituição de um aquífero:
Zona de aeração - é a zona que compreende toda a área entre a superfície e o nível hidrostático, que é caracterizadas por fortes processos de infiltração e capilaridade (local onde ocorre intensa circulação vertical de água)
Zona de saturação – é a zona abixo do nível hidrostático e é caracterizada por ter todos os espaços preenchidos por água. O movimento da água nesta zona ocorre por percolação que se deve ao efeito de pressão hidrostática.
Relação entre aguas subterrâneas e superficiais
As águas superficiais têm um importante papel, principalmente em zonas áridas (onde o nível hidrostático está bastante abaixo da superfície). Neste caso as águas subterrâneas alimentam-se dos rios, através de correntes influentes (a zona de saturação é abastecida pela infiltração de águas superficiais, provocando um a subida do nível hidrostático).
Em zonas com maior teor de humidade, a relação entre as águas superficiais e as subterrâneas é diferente pois, durante os períodos mais secos são as águas subterrâneas que mantêm o fluxo das superficiais. Neste caso as águas superficiais são alimentadas por correntes denominadas efluentes.
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